Pergolado realça iluminação natural com muito charme no ambiente

Ele imprime sofisticação ao ambiente, pode agregar plantas ornamentais e flores, formando um lindo jardim, controla a incidência de luz e ainda confere um ar contemporâneo aos espaços. Formado por pilares junto a vigas vazadas de madeira, o pergolado pode ser aplicado tanto em áreas externas quanto internas. Também chamado de pérgola, é um elemento decorativo da construção composto de vigas sequenciais espaçadas.

A arquiteta da Casa Cor Minas Ana Paula Carneiro define os pergolados como espaços semicobertos, que geralmente ficam em áreas abertas. “Como jardins, varandas, entradas, fachadas, próximo a piscinas, praias e até em praças públicas. Sua estrutura pode ser de madeira, aço ou ferro, bambu ou mesmo alvenaria”, explica. Segundo ela, a estrutura pode ou não ter plantas, do tipo trepadeira, que formam uma cobertura na parte superior para a proteção do sol e, às vezes, até da chuva. “Poucas pessoas resistem ao aconchego e conforto de um belo pergolado em um jardim bem cuidado.”

Comuns em jardins europeus para a proteção de algumas espécies de plantas que não resistem a certos tipos de climas e para se passar um tempo no jardim se protegendo do sol, o pergolado ganhou, ainda, outras aplicações. “Com o passar do tempo, ele foi servindo para outros tipos de atividades devido à sua estética e charme. É muito usado em casamentos, lanches, almoços e jantares, meditação e ioga, festas e muitos outros”, diz Ana Paula.

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Em residências, os pergolados podem abrigar os mais diversos tipos de ambientes, como explica a arquiteta Giselle Madeira. “Quando cobertos, podem ser usados de diversas maneiras imagináveis, como cobertura de uma área de lazer, varanda e espaço gourmet. Quando são descobertos, podem ser usados em jardins ou varandas propensos às águas da chuva.

A arquiteta Marina Dubal, da DAD Arquitetura, diz que o recurso é muito utilizado na arquitetura, pois cria áreas de transição entre o espaço descoberto externo e a área interna do imóvel. “Por ser composto por vigas espaçadas, podendo ou não ser coberto por vidro ou policarbonato translúcido, os efeitos de sombra gerados pelo pergolado são muito interessantes e, quando bem pensados e explorados, geram ambientes ricos e confortáveis”, informa.

Refresco

Marina aponta também os benefícios do recurso. O principal deles é a combinação da redução da incidência solar com a exploração da sombra como parte da arquitetura. “Além disso, o pergolado pode ser usado como suporte para espécies de plantas trepadeiras, que também auxiliam no conforto ambiental e estético do espaço”, completa.

Na hora de compô-lo, há espaço para dar asas à imaginação, pois como se trata de uma estrutura vazada, a decoração fica livre até onde a criatividade acompanhar, como revela Marina. “O mais interessante são os tecidos fixados nas vigas, criando uma espécie de forro em movimento. Também são usados forros em bambu, criando uma malha mais fechada para aqueles que querem mais sombra.”

Ana Paula Carneiro diz que o pergolado possibilita a criação de ambientes em áreas externas para que possam ser desfrutadas também em dias de muito sol. “Essa solução é muito utilizada na arquitetura, pois cria áreas de transição.

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Requinte com originalidade

Beleza dos pergolados pode realçar espaço em casas ou apartamentos com áreas livres. Confira algumas dicas de decoração para deixar o ambiente elegante e agradável

Todo o charme do pergolado pode ser levado tanto para casas quanto para apartamentos. Além de conferir personalidade ao projeto, o recurso pode garantir momentos relaxantes, a sós ou em família. Para isso, basta reservar um espaço, que pode ser na garagem, no jardim, na varanda, na área gourmet externa e por aí vai. Não são necessários grandes espaços para construir a estrutura. “Eles podem ser montados num cantinho, no centro de um jardim, num caminho ou até no prolongamento do corpo da casa, formando uma varanda. As áreas externas podem proporcionar ótimos recantos de lazer”, comenta a arquiteta da Casa Cor Minas Ana Paula Carneiro.

E são as áreas externas as preferidas por muitos para ter uma pérgola. Esses espaços criam uma sintonia muito interessante com a natureza, como árvores e gramado. “Ainda assim, é possível utilizá-los em áreas internas, agregando elegância ao local”, diz Ana Paula.

Para quem está pensando em instalar uma, é preciso, no entanto, verificar o tamanho da área disponível, como chama a atenção a arquiteta Mariana Borges. “Tudo depende do uso que se deseja dar ao local, observando se sua área será suficiente para realizar o seu desejo. O resultado vale, pois seu ambiente ficará, com certeza, encantador.”

Com o pergolado, Mariana garante que é possível compor um espaço agradável e tranquilo, que convide ao descanso, à leitura ou a uma boa conversa, “mas há quem o utilize, ainda, como área para o cultivo de plantas, para acomodar um ofurô ou uma mesa de refeições ao ar livre. Pode ser também uma extensão da casa, formando um terraço, um local para os carros ou uma área de passagem”.

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Nesses casos, sua estrutura deverá ser fechada, de modo a garantir o uso também em dias chuvosos. “Para isso, é comum o emprego de materiais translúcidos. Pode-se optar entre o vidro temperado e o policarbonato.” Nos dois casos, a cobertura não exige estruturas pesadas. Porém, “a vedação entre as placas deve ser feita com muito cuidado e com a devida inclinação, para evitar infiltrações”, aconselha Mariana.

A arquiteta explica que, como diferenças entre as duas opções, o vidro temperado tem como vantagens a resistência a riscos e a ausência de estilhaços, caso quebre. “Já o policarbonato é mais barato que o vidro temperado, possibilita curvaturas, é leve, porém, é menos resistente, suja com mais facilidade e é difícil de limpar.”

A arquiteta Marina Dubal, da DAD Arquitetura, diz que o dimensionamento correto depende da proposta do pergolado: se será mais transparente para entrar mais luz, ou mais fechado, com mais vigas, para que fique mais sombreado. Quanto à medida, não há uma dimensão mínima, segundo ela. “Tudo depende do ambiente que ele vai abrigar e o material com que será executado”, afirma.

As dimensões são relativas ao ambiente em que ele será construído. “Não podemos fazer vigas muito altas e largas se o ambiente for pequeno. Os espaçamentos entre as vigas podem ser explorados de acordo com o ambiente a ser utilizado e com o material. Se for um pergolado de bambu, por exemplo, o interessante é não deixar muito espaço entre as vigas, para não parecer um varal”, explica a arquiteta Giselle Madeira.

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Vegetação

Em relação à decoração da estrutura, para quem gosta de plantas ou está fazendo um pergolado no jardim, vale investir no verde. Uma das sugestões de Giselle são as trepadeiras, que conferem ao espaço uma atmosfera bem provençal, “mas podemos, também, utilizar tecidos na parte inferior como cortinas, deixando o pergolado mais íntimo e confortável. Isso vai depender de qual é a intenção de uso”. Ana Paula Carneiro indica o uso de trepadeiras floridas, como a tumbérgia-azul, a lágrima-de-cristo, a sete-léguas, a ipomeia, entre outras. “Há diversas trepadeiras adequadas e muitas delas dão flores vistosas e perfumadas. É o caso da sete-léguas (Podranea ricasoliana) e do jasmim-dos-açores (Jasminum azoricum), que crescem rapidamente e se recompõem logo quando são podadas.”

Conforto por mais tempo

Há quem prefira um pergolado onde se possa tomar sol, enquanto outros optam pela estrutura coberta por trepadeiras para desfrutar de uma boa sombra. Independentemente da escolha, toda estrutura precisa de tratamento e manutenção. Além disso, é necessário muito cuidado na hora de escolher os materiais, que devem ser os apropriados. Caso contrário, o efeito pode não ser o desejado e a eficácia da pérgola ficar comprometida.

Para quem optar por pergolados feitos com vidro, o conselho da arquiteta Thaysa Godoy é revesti-los com uma proteção especial. “Para quem deseja uma estrutura que possa ver o céu e usufruir em abundância da iluminação natural, aconselho a aplicação de insulfilms apropriados, que barram com eficácia o calor do sol sem perder a iluminação natural.”

No caso de estruturas feitas de madeira ou bambu, a arquiteta indica a aplicação de um selador ou verniz de qualidade, para garantir maior durabilidade e proteger contra insetos. “Ainda assim, o material precisará de manutenções periódicas, lixando as peças e reaplicando o verniz”, diz Thaysa. O pergolado também poderá ser feito em estrutura metálica ou aço, materiais que também requerem cuidados especiais, conforme a arquiteta. “Nesse caso, deverá ser protegido com aplicação de produtos químicos contra a ferrugem, realizada por profissional especializado”, indica.

Mas antes de inserir o pergolado na área externa ou interna de uma residência é preciso tomar alguns cuidados, como aconselha a arquiteta Ana Paula Carneiro. “Para a execução em ambientes externos, deve-se ter o cuidado de não deixar os pilares tocando o chão. Recomenda-se executar uma sapata em concreto ou fixá-lo com conexões metálicas. Dessa forma, a madeira fica protegida.”

A preparação do local é outro item fundamental. Antes de construir uma pérgola, é necessário saber qual o tipo mais recomendado ao espaço, qual o formato mais indicado e qual função ele vai desempenhar. Para que tudo dê certo, a ajuda profissional é essencial. Deve-se buscar uma harmonização do pergolado com a arquitetura existente da casa ou apartamento. “Para um apartamento, o ideal é seguir o mesmo padrão de acabamento das esquadrias existentes no ambiente, se optar pelo alumínio, para que não fique com aparência de ‘puxadinho’. Assim como pergolados agregados a uma área de casa”, explica Marina.

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Três perguntas para Patrícia Martins:

Em qual tipo de construção eles podem ser instalados?
Os pergolados ou pérgulas podem ser instalados em qualquer ambiente: casas, apartamento, jardim e até mesmo suspenso, em balanço, sem utilização de colunas ou pilares, sendo fixados na alvenaria, com cabo de aço para sustentação.

Quais são as opções de materiais para decorá-los?
Podem ser decorados com plantas nas colunas ou sob a cobertura, esteiras de bambu ou fibra e tecidos leves amarrados nas colunas e trespassados sob as pérgulas superiores. Nesse caso, passa-se o tecido entre os caibros (pérgulas), formando uma cobertura leve e decorativa. Existem casos em que entre as pérgulas superiores, que são instaladas espaçadas, preenchem-se os vãos com peças de madeira mais fina ou rústica, formando uma cobertura com pouco espaçamento entre as peças. As variações na utilização de cada montagem, espaçamento entre as peças, adornos como esteiras, tecido, ou plantas, têm como relevância a necessidade da entrada de sol.

Quais são as soluções mais modernas, práticas e baratas atualmente?
As opções mais modernas são as estruturas em madeira nobre, como piraju e peroba-rosa, que também são as de valor mais alto. As mais baratas são de ferro e eucalipto mais fino. As de madeira e estruturas metálicas são as mais práticas em consideração ao tempo de execução e material empregado.

Fonte: http://estadodeminas.lugarcerto.com.br

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